6.8.07
Alimento para o Ego ( II )
O que aconteceu ficou apenas entre nós, e talvez por isso hoje seja possível estarmos sentados à mesma mesa de café e conversarmos. Talvez por isso hoje seja possível que ele divida uma mesa de café comigo e com o meu namorado, que outrora, mesmo sem saber de nada, já morreu de ciúmes dele.
Ainda hoje me custa um pouco a acreditar que aquele homem tivesse sentido alguma coisa por mim. Não, não é falta de auto-estima. Já nos conhecíamos à imenso tempo e tínhamos passado bons momentos juntos, mas pareceu-me sempre impossível. Ele é o típico playboy, que não se prende a ninguém, que gosta de estar sozinho e ter duas ou três ao mesmo tempo, que aparece no café com uma gaja nova todos os meses e todas “gajas boas”. Apesar de toda gente saber como ele era (e é) sempre foi o homem desejado por muitas, e parecia surreal um gajo daqueles estar apaixonado por mim. Ele que tinha todas as gajas que queria, e queria única que não podia ter: eu.
Conheço-o como pouca gente e sei que ele continua carente, sedento de afecto, e que apenas quer encontrar alguém que lhe dê um pouco de carinho, de atenção e de amor.
Hoje começo a pensar que talvez tenha sido verdade.
Hoje sei que ele está apaixonado pela mulher de um amigo nosso e a história repete-se, mas desta vez não sou eu que ele quer.
Coincidência, ou talvez não, ela escolheu-me a mim para desabafar sobre a história que tanto a atormenta.
E agora???
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Sophie
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Aventuras,
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