17.7.07
A crise ( IV )
“Sentis-te eu a abraçar-te esta noite?”
“Senti!”
“Duas vezes.”
“Três. Mas querias o que, que eu não sentisse para depois dizeres que só estou chateada contigo quando estou acordada?”
“Não, claro que não”
“Mas não penses que estou menos chateada, porque não estou. Nunca te vou perdoar o que me fizeste.”
“Eu já te prometi que nunca mais vai voltar a acontecer. Eu fiz aquilo sem pensar, e porque eu sabia que ela te inventava coisas e te mandava sms, eu só falava com ela para ela não te chatear com mentiras e para não se meter no meio de nós”
“E para ela não me chatear com mentiras trataste logo de as fazer serem verdades e de a meteres tu no meio de nós, não fosse o caso de ela sozinha não conseguir.”
“Desculpa, eu…”
“Eu nada. Olha oar aqui (mostrei-lhe o seu tlm). Isto é a prova de que tu ainda não aprendeste, isto é a prova que depois de tudo o que falamos na 5ª feira tu já me voltas-te a mentir. Tu nunca vais aprender. Mas sabes que mais? Eu vou ficar contigo, vou aproveitar, vou-me divertir contigo e quando estiver cansada ou quando arranjar um brinquedo novo…” Saí do carro e bati a porta.
Jantamos na casa de uns amigos e passamos pelo café onde nos divertimos a ver o KamaSutra que eu tinha adquirido no dia antes juntamente com a GQ. Eis que chega mais um casal, que é dos melhores que há para falar sobre estas coisas (não pela experiência, mas porque não revelam qualquer problema em falar abertamente sobre a sua vida sexual). Depois de muitas gargalhadas, muitas invenções, muita analise às imagens fomos para casa. A viagem foi feita em silêncio. Ao chegarmos a casa fui cuidar de mim (coisas de mulheres que usam maquiagem!!!) e quando cheguei ao quarto ele já dormia. Fiquei a admira-lo.
A fúria começava lentamente a transformar-se numa grande mágoa, uma dor ligeira mas incomodativa, uma tristeza… Acariciei-lhe o rosto e deitei-me ao seu lado. Fiquei bem pertinho dele, abracei-o e ele, sem acordar, levantou a cabeça beijou-me de forma muito leve e ocupou a posição habitual de dormir.
Foram 4 dias, talvez os mais difíceis que vivi até hoje.
Hoje, 1 semana depois a dor continua.
Dói saber que fui traída, dói saber que foi com aquela, dói saber que ele traiu a (pouca) confiança que eu tinha nele.
As horas não pararam de correr nem o sol deixou de brilhar. Só eu deixei de viver por pensar que era impossível viver sem te amar. Mas sabes que mais, o mundo não gira à em torno da tua existência. Lá fora há um milhão de coisas à minha espera.
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Sophie
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Crises
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1 comentário:
A vida não pára ... todos os dias são compostos por uma nova luta.
Não esqueças , lutar sempre , pela nossa felicidade!
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