
Voltei, e finalmente recomposta.
O choque foi grande, a desilusão também, mas perder um ano de faculdade não é assim tão mau. Além disso, e agora que vejo as coisas de forma mais clara, não é um ano perdido, é um atraso de 12 meses.
O que mais me custou não foi o fantástico e maravilhoso 7,4 que tive no exame, o que mais custou foram os olhares. No dia seguinte quando entrei na sala, pela porta da frente, e todos levantaram a cabeça para me olharem. O percurso até à mesa que me foi indicada foi penoso e lento, durou uma eternidade. Sai mais cedo para evitar as conversas, mas agora que já consegui assinalar os pontos positivos do meu “pequeno” atraso, digo a todos que talvez a sorte tenha estado do meu lado.
Verdade ou mentira, para o ano o saberei.
Sei que tenho aquilo a que vulgarmente chamam de “feitio difícil”, e sei também que em alturas de grande sofrimento consigo afastar toda a gente que se preocupa comigo e que me quer ajudar. Não me julguem, não me chamem de ingrata, de mal disposta ou outras coisas parecidas, simplesmente sinto-me melhor sozinha. Não consigo fingir, disfarçar ou ocultar nada do que sinto. Sou transparente e se estou triste estou triste e é para todos, mas se estou feliz estou feliz e o meu sorriso e a minha alegria também é para todos.
Obrigada por, mesmo sem eu querer, terem estado do meu lado nestes dias difíceis.
1 comentário:
Por vezes afastar as pessoas que nos querem ajudar , é , tipo uma defesa... sabemos que não estamos bem e podemos mesmo que sem intenção , acabar por magoar pessoas que apenas nos tentam ajudar...
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