Depois de 6 anos de namoro e a poucos dias de completarem 1 ano de casados… chegou o dia da separação. Não, não é a minha história, mas de casal amigo muito próximo. Por ele tinha uma consideração enorme, e por ela também a ganhei. Agora… por ele não tenho nada e a minha consideração por ela disparou. Fiz quase 900Km para partilhar com estes meus amigos o (suposto) dia mais feliz das suas vidas, o dia do casamento. Foi uma cerimónia muito bonita, simples, com pouca gente.
O brilho no olhar de cada um deles era o brilho que poucas vezes tinha visto no olhar de alguém. A cumplicidade, a felicidade, a boa disposição de cada um deles completava o outro e isso era notório aos olhos de todos. Exibiam com orgulho as brilhantes alianças que horas antes haviam colocado nos dedos. Tive o prazer de ver o meu namorado inaugurar a pista de dança com a noiva e tive o orgulho de os acompanhar nessa dança com o noivo. Chorei ao ouvir o Sim e muitas vezes usei esse noivo, essa relação, esse casamento como o exemplo positivo que tentava dar ao meu namorado nas nossas crises.
Ontem tocou o telefone. Era ela. “Ele saiu de casa há 3 dias e eu preciso de ajuda.” O meu namorado (porque eles sim são amigos há muitos anos e tudo o resto veio por consequência disso) foi falar com ele e ouviu o que nenhum de nos queria ouvir: “É definitivo”.
Penso nisto e choro.
Penso nisto e lembro-me do Sim.
Penso nisto e recordo o brilho que eles tinham no olhar naquele dia.
Penso e não consigo conter as lágrimas.
Penso nisto e sinto-me inútil por não consegui fazer nada, sinto-me uma alma esquecida no mundo.
Penso nisto e não sei o que fazer. Sei apenas que não posso ficar sem fazer nada, e sinto uma revolta cá dentro que me leva a querer tomar uma atitude, mas não sei qual.
Não sei o que ela está a passar, nem imagino o que possa estar a sentir, mas tenho de lhe dizer que estou aqui para o que ela precisar.
E ele… nada do que possa dizer será suficiente para o fazer ver a asneira que está a fazer.
Com este relato e com a minha experiência pessoal de crises quero apenas pedir as pessoas para conversarem. Se sentes que a tua relação não vai bem, se algo te incomoda ou desagrada, não deixes de falar. Engoles um sapo hoje, outro amanha, e outro , e vai haver o dia em que um diz que as coisas estavam mal á imenso tempo e o outro diz que não, que foi de repente.
Conversar é a chave da felicidade.
Porque Amar não chega!
7.9.07
Porque Amar não chega!
Depois de 6 anos de namoro e a poucos dias de completarem 1 ano de casados… chegou o dia da separação. Não, não é a minha história, mas de casal amigo muito próximo. Por ele tinha uma consideração enorme, e por ela também a ganhei. Agora… por ele não tenho nada e a minha consideração por ela disparou. Fiz quase 900Km para partilhar com estes meus amigos o (suposto) dia mais feliz das suas vidas, o dia do casamento. Foi uma cerimónia muito bonita, simples, com pouca gente.
O brilho no olhar de cada um deles era o brilho que poucas vezes tinha visto no olhar de alguém. A cumplicidade, a felicidade, a boa disposição de cada um deles completava o outro e isso era notório aos olhos de todos. Exibiam com orgulho as brilhantes alianças que horas antes haviam colocado nos dedos. Tive o prazer de ver o meu namorado inaugurar a pista de dança com a noiva e tive o orgulho de os acompanhar nessa dança com o noivo. Chorei ao ouvir o Sim e muitas vezes usei esse noivo, essa relação, esse casamento como o exemplo positivo que tentava dar ao meu namorado nas nossas crises.
Ontem tocou o telefone. Era ela. “Ele saiu de casa há 3 dias e eu preciso de ajuda.” O meu namorado (porque eles sim são amigos há muitos anos e tudo o resto veio por consequência disso) foi falar com ele e ouviu o que nenhum de nos queria ouvir: “É definitivo”.
Penso nisto e choro.
Penso nisto e lembro-me do Sim.
Penso nisto e recordo o brilho que eles tinham no olhar naquele dia.
Penso e não consigo conter as lágrimas.
Penso nisto e sinto-me inútil por não consegui fazer nada, sinto-me uma alma esquecida no mundo.
Penso nisto e não sei o que fazer. Sei apenas que não posso ficar sem fazer nada, e sinto uma revolta cá dentro que me leva a querer tomar uma atitude, mas não sei qual.
Não sei o que ela está a passar, nem imagino o que possa estar a sentir, mas tenho de lhe dizer que estou aqui para o que ela precisar.
E ele… nada do que possa dizer será suficiente para o fazer ver a asneira que está a fazer.
Com este relato e com a minha experiência pessoal de crises quero apenas pedir as pessoas para conversarem. Se sentes que a tua relação não vai bem, se algo te incomoda ou desagrada, não deixes de falar. Engoles um sapo hoje, outro amanha, e outro , e vai haver o dia em que um diz que as coisas estavam mal á imenso tempo e o outro diz que não, que foi de repente.
Conversar é a chave da felicidade.
Porque Amar não chega!
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2 comentários:
concordo ctg, sempre pensei assim desde que me conheço como gente!
mas uma relaçaao pode acabar por muitas razoes, ao qual nos muitas vezes nao sabemos ou nao percebmos!
beijo!
bom fim de semana!
Falar é de facto essencial , mas , pode infelizmente não ser solução. Por vezes o Amor acaba e qnd isso acontece , o melhor mesmo é ir um para cada lado.
Beijito.
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